sábado, 12 de agosto de 2017

Carros

Quando o assunto é carro, meus filhos têm comportamentos completamente opostos. Enquanto o Davi adora carros, os de brinquedo e os de verdade, a irmã nunca demonstrou interesse.
Letícia sempre passou mal ao andar de carro, talvez isso explique porque nem quis aprender a dirigir na adolescência, só este ano é que falou em tirar carteira de motorista, principalmento porque começou a pegar ônibus para ir para a faculdade.
O Davi tem fixação por carrinhos de brinquedo, tem vários em casa, de tamanhos, formas e cores variadas. Nas lojas de brinquedo, já sabe onde ficam e sempre quer levar um pra casa. Tem uma maletinha cheio de carrinhos, que levamos para todo lado, nos ajuda muito a distrair o garoto em restaurantes, lojas e até na missa.
Quando Letícia era criança, brincávamos de contar fuscas na estrada e comprei um fusquinha rosa para ela. Acho que ela nunca brincou, ficou na prateleira como enfeite até este ano, quando o Davi o descobriu e já quase o destruiu.
O garoto também gosta de carrinhos maiores, daqueles tipo velotrol, quando algum amigo chega na pracinha com um, fica doido para entrar e dar um volta, já rolou até briga entre as crianças. 
Agora tem uns carrinhos elétricos no shopping, que o pai dirige por controle remoto e a criança vai dentro, esse ele não pode ver, senão acabou o passeio familiar no shopping.
Esses dias tivemos a feliz ideia de colocar o Davi no volante enquanto estacionávamos na garagem do nosso prédio. Pra quê! Desde então, basta entrarmos na rua de casa que o Davi se agita na cadeirinha, levantando os bracinhos e apontando para o banco da frente. Enquanto manobramos o carro, ele buzina, mexe no volante e em todos os botões que encontra pela frente. Faz a maior festa!
Enquanto isso, a irmã está sofrendo na auto-escola, são aulas teóricas, no simulador e na rua. Dirigir no Rio de Janeiro não é fácil e ela ficou muito estressada, nas férias levei-a para dirigir em Minas Gerais, pegamos umas ruas tranquilas para ela treinar, mesmo assim não foi fácil.
Brinco com a Letícia, que se somarmos todo o tempo que o Davi dirigiu com a gente na garagem, já dá mais do que as horas de aula que ela teve na autoescola. Ela precisa ficar esperta senão daqui a pouco o Davi tira carteira de motorista antes dela. Interesse não falta para ele!










terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Fã clube do Davi

Leticia passou no vestibular e agora está de férias, como tem ficado em casa quase o dia todo, tem ajudado bastante com o Davi. Faz de tudo, troca, dá banho, busca na creche, dá comida, brinca e ensina coisas novas. Ele tem se divertido e desenvolvido muito com ela.
Mesmo fazendo tudo isso, ainda sobra muito tempo livre, que ela preenche tirando fotos e fazendo montagens do irmão em aplicativos de celular. Começou com o Snapchat, passou pelo Boomerang e outros aplicativos, agora está no Instagram, onde ela criou um perfil chamado "Fã Clube Oficial do Davi". 
O acesso ao Instagram do Davi é restrito a amigo e familiares, lá ela posta fotos engraçadas e fofas com comentários super criativos, como se fossem escritas pelo próprio Davi. Está ficando muito legal, seguem abaixo alguns posts recentes. Acho que ela jeito para a coisa, estou pensando até em contratá-la como  assessora do meu blog!






quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Legião Urbana

Minha filha, como toda jovem, adora música. Praticamente toda noite, quando chego do trabalho, está entretida com clipes musicais do YouTube. Gosta muito de pop-rock internacional, rock nacional anos 80 e de alguns novos cantores de rap paulista. O que me deixa feliz é que ela, assim como eu, adora Legião Urbana, algumas vezes assistimos e cantamos juntos as musicas que fizeram parte da minha juventude e que escuto até hoje em minhas corridas.
Agora imaginem o que senti quando ela me enviou o vídeo abaixo, olha o que a garota está ensinando para o irmão!

Curriculum Vitae

Mais um post da minha filha, dessa vez a "Tícia" fez um Curriculum Vitae do irmãozinho. Estava animada fazendo seu primeiro CV para tentar uma vaga de monitora no colégio, e aproveitou para fazer o do irmão. Ficou bem legal!

sábado, 14 de janeiro de 2017

Show da Luna

Hoje o post foi feito pela minha filha Letícia:

Para termos crianças curiosas, precisamos de adultos atenciosos

Meu irmão, o Davi, tem gostado muito de um desenho incrível chamado Show da Luna. Nele, Luna, uma menina de seis anos, junto com Júpiter, seu irmão mais novo, e Cláudio, o furão de estimação deles, se divertem ao descobrirem, de maneira criativa, como as coisas são e como funcionam.
Eles se perguntam de onde vem o sal do mar, o que o Sol é, o que tem dentro da casinha do caracol, pra que servem as caudas dos animais e muito, muito mais. Perguntas que inclusive nós adultos nunca nos perguntamos e, muitas vezes, nem sabemos responder. 
A pergunta surge e os três fazem experimentos, que são sempre inconclusivos. Eles, então, decidem fazer de conta que são grãos de sal, planetas do sistema solar, caracóis, animais e muitas outras coisas e, nessa brincadeira, respondem seus questionamentos. No final, o trio faz um show para os amigos e parentes mostrando o que aprenderam.
O que eu quero falar com isso tudo é o papel dos adultos nessa história. Luna e Júpiter são crianças curiosas, mas o estímulo dos pais e a disposição dos adultos em sempre ajudá-los são fundamentais pra que eles continuem sendo curiosos e fazendo perguntas. Quando precisam de ajuda em seus experimentos, os irmãos recorrem aos adultos, que sempre acham um tempo para conversar com os dois, e quando querem fazer o show e mostrar tudo o que aprenderam, os adultos estão sempre prontos e animados para assistí-los (mesmo quando as musiquinhas são ruins). 
Tá, ok, os adultos são legais, e daí? E daí que, para a sociedade ter crianças como a Luna e o Júpiter, precisamos ter adultos como os pais deles, a doutora Jane - veterinária do Cláudio -, o carteiro Edson e o padeiro Nilton. Eles não só estão sempre dispostos a ajudá-los e a ouví-los, como também estão sempre animados pra ver os shows.
Infelizmente o mundo não é como no desenho, em que os adultos têm tanto tempo livre, mas o que eu quero que vocês, adultos que convivem com crianças, façam é o seguinte: todo o tempo que vocês têm com elas deve ser vivido intensamente e com 100% dando atenção apenas a elas; não se irritem com seus porquês excessivos e tentem sempre responder e, se não souberem a resposta, pesquisem junto com as crianças de maneira divertida e criativa; se animem com as descobertas delas e, se elas quiserem fazer um Show, um teatro, um desenho ou qualquer coisa do tipo, dê atenção ao que fizeram e elogie-as; deixem que elas brinquem a vontade e estimulem suas brincadeiras. 
Assim, o Show da Luna nos mostra que o aprendizado pode ser divertido e que esse sistema educacional de aulas e deveres excessivos e cansativos para as crianças pequenas não é necessário, que a escola pode ser muito mais divertida e, assim, atrair muito mais o interesse e a atenção dos nossos meninos e meninas.
Obrigada aos criadores do desenho e que mais animações incríveis como essa sejam feitas no futuro! 
 
Letícia Beghini

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Desenhos infantis

A energia de uma criança de um ano e nove meses é impressionante, é o dia todo fazendo bagunça, brincando, andando pra todo lado e mexendo em tudo. Chega uma hora que, por mais que a gente evite, é impossível não recorrer aos desenhos animados, esses encantadores de crianças, que nos proporcionam um pouco de sossego e paz.
Na época da Letícia tínhamos que comprar fitas VHS, a TV a cabo estava começando e haviam poucos canais infantis. Lembro que ela assistia teletubbies, filmes da Disney, Xuxa e desenhos do discovery kids. Tinha o "Jay Jay, o jatinho", carinhosamente apelidado de "Jay Jay, o chatinho", e alguns outros que passam até hoje, como o Tomas e os Backyardigans.
Agora temos YouTube, Netflix e Now, com infinitas opções e o ChromeCast para passar para a TV. O Davi já aprendeu, pega o celular e aponta para a TV, sabe de onde vêm os desenhinhos que colocamos para ele.
Apesar das várias opções, o Davi gostou de alguns desenhos específicos, faço uma pequena análise dos cinco preferidos logo abaixo, acho que estou virando crítico de desenhos infantis. 
- Galinha Pintadinha: já fiz posts específicos sobre ela no blog, para mim é a melhor no estilo musical. As animações são de muito bom gosto e as musicas conhecidas. 
- Mundo Bita: difícil de assistir, parece que o autor ligou os acompanhamentos de um teclado digital e saiu cantando de improviso, depois contratou um desenhista para fazer as animações. As musicas são fracas, não rimam e às vezes nem se encaixam no ritmo. Algumas poucas musicas se salvam. O problema é que o Davi adora, dança e fica tentando cantar junto todas as músicas.
- Backyardigans: desenho bem feito, a ideia das crianças criando suas aventuras no quintal é muito boa e gera boas estórias. Só tem um ponto negativo, as musicas são muito pegajosas.
- Super Wings: um avião, o Jet, faz entregas para crianças em diferentes cidades do mundo, é legal porque explica um pouco da cultura de cada cidade e país. Só fico pensando quanto seria o custo do frete para levar de avião uma fantasia de carnaval até o Rio de Janeiro ou uma saia de hula-hula até o Hawai. Depois das entregas feitas, os amigos do aviãozinho, os "Super Wings", ainda vão atras dele, cruzando os continentes em segundos, para ajudar em algumas situações de emergência. Imaginem os custos dessa empresa de transporte, devem ser altos, no mundo real ela não sobreviveria muito tempo.
- Show da Luna: Uma menina (Luna) seu irmão (Júpiter) e um furão (Cláudio) pesquisam sobre a natureza e as dúvidas que as crianças normalmente têm. Cada episódio começa com um questionamento da Luna e termina com um show, onde os 3 se fantasiam e cantam para explicar a questão.
Para mim é o melhor desenho da atualidade, e é produzido no Brasil. A animação é bem feita, ensina coisas úteis para as crianças, tem musicas melhores que do Bita e menos pegajosas que do Backyardigans, e tem o Júpiter, o melhor personagem infantil que já vi, como eles capricharam nesse garoto.







sábado, 26 de novembro de 2016

E aí, o Davi começou a andar?

E aí, o Davi começou a andar?
Esta foi a frase que mais escutei nos últimos meses, não tinha uma pessoa que não perguntava isso quando falávamos do Davi. Acho que é uma pergunta que todos fazem mesmo, afinal andar é um marco na vida de toda criança. Também é uma forma de puxar assunto e criar empatia. Porém, para nós, gerava uma certa pressão, afinal outros bebês andaram mais rápido que o nosso. 
Quando minha filha começou a andar eu viajava muito e perdi boa parte dessa fase. Agora, com o Davi, pude acompanhar de perto todo o processo, deu para ver cada pequena evolução, ficar em pé escorado, andar segurando nos móveis, dar alguns passos entre os sofás, ficar em pé sem apoio, andar empurrando as cadeiras, arriscar os primeiros passos sozinho em direção aos nossos braços, e por fim, andar sozinho pela casa, parar, andar novamente, virar e voltar sem depender de ninguém.
É um processo lento, desafiador, cheio de tombos e choros, mas para mim o pior é a frustração do corpo não responder ao cérebro. Várias vezes via que ele se planejava para andar de um ponto a outro, mas no meio do caminho caía, ou tentava se levantar e se desequilibrava, o choro então era sentido, mais por não ter conseguido do que pelo tombo em si.
Por outro lado, ver a carinha de felicidade do garoto ao conseguir andar pelo trajeto planejado, mesmo que cambaleando muito, não tem preço. Cada evolução era comemorada, por nós e mais ainda por ele, o sorriso contagiante mostrava claramente o sentimento de realização. Era como se ele gritasse: "Yeah,  consegui!"
Ele ainda anda como se estivesse em uma forte ventania, ou bêbado, balançando de um lado para outro, com as perninhas abertas para dar equilíbrio. Adora ficar andando em volta da mesa, tirando finas das quinas, dá várias voltas até que uma hora acaba acertando a cabeça em uma delas. Não adianta colocar protetor, ele tira todos.
Nessa fase não podemos nos descuidar um segundo sequer, é o dia inteiro atrás do garoto. Ao mesmo tempo que o vigio, 
me pego rindo do seu jeito de andar, do movimento inseguro das suas pernas e da felicidade estampada no rosto, é tanta fofura que nem percebo o trabalho que dá.