O último ultrassom mostrou que o Davi está com tamanho acima da média, e como a irmã, está sentado. Isso talvez explique as dores que minha esposa está sentindo nas costelas, exatamente iguais as dores da primeira gravidez, há 17 anos atrás. Na época achávamos que as dores eram causadas pela cabeça da Lelê, que ficou até o fim da gravidez em posição invertida, sentada. Dessa vez a dor começou antes, a cabeça do Davi ainda não é grande o suficiente para pressionar as costelas, a causa da dor deve ser outra, mas o fato é que ela voltou mais forte. A Dani não consegue ficar muito tempo sentada que a dor aparece, não importando o local. Reduz um pouco com alongamento, braço direito para cima, mão atrás da cabeça, tentando esticar o corpo. No carro, dirige só com a mão esquerda, a direita fica pra cima e esticada para trás. No restaurante, parece que está chamando o garçon a todo momento.
O bom desta fase são os chutes na barriga, que já conseguimos perceber, o problema é a competição interna. Cada vez que minha esposa me chama para sentir o bebê, minha filha sai como uma maluca pela casa e pula em cima da barriga, monopolizando o contato com o moleque. Nas poucas vezes que consegui sentir o bebê chutando, as lembrancas da Leticia mexendo na barriga da mãe voltaram com muita clareza, não imaginava que a emoção seria a mesma.