segunda-feira, 21 de março de 2016

Introdução Alimentar

Depois de seis meses de amamentação exclusiva, chegou a hora de começar a fase de introdução alimentar, que confesso, não me traz boas recordações. Só me lembro da dificuldade que era fazer minha filha comer, principalmente as papinhas, comemorava quando ela comia mais de três colheradas. 
Com certeza fiquei na expectativa do Davi ser como a irmã. Para piorar, as orientações sobre alimentação são bem mais exigentes agora do que há 17 anos. Por exemplo, cada prato deve ter 3 tipos diferentes de alimentos (proteínas, carboidratos e legumes), os legumes e tubérculos precisam ser cozidos e amassados separadamente, trocar só um alimento de uma refeição para a outra, nada de sal ou açúcar, se possível usar orgânicos, papinha industrializada nem pensar! Tudo para que o bebê sinta e se acostume com o sabor dos alimentos. Nosso pediatra nos passou um roteiro e indicações de sites especializados, é impressionante a quantidade de receitas, técnicas e detalhes envolvidos na preparação de comidas de bebês. 
No início, o roteiro do médico exigia um cuidado especial, com a inserção de algo novo a cada dia, o que demandou quase que uma preparação exclusiva para cada refeição. Depois de alguns dias de muito trabalho, e como vimos que o Davi estava comendo bem, decidimos preparar papinhas para várias refeições, congelando-as em potinhos individuais.
Em princípio, parecia simples, cortar os legumes e tubérculos em pedaços grandes, fritar o alho, cebola e carne, jogar tudo na panela de pressão e esperar cozinhar. Depois de cozido, separar tudo, amassar ou triturar cada alimento e preparar os pratinhos. 
Já fizemos duas vezes e a realidade não é tão fácil assim, brinco que parece prova do MasterChef, dá um trabalho danado separar e amassar os alimentos, sem falar da montagem dos pratos. Porém, no fim, a mesa fica até bonita, cheia de pratinhos com 3 ou 4 alimentos de cores diferentes. 
E aí chega a hora da avaliação do jurado, nosso pequeno Jacquin. O Davi ainda não fala, mas pode rejeitar a comida, cuspir e até chorar, o que pra mim é pior do que as críticas feitas pelos jurados do programa. Por enquanto, nosso jurado está gostando, comendo o potinho todo, mas com ele podemos usar algumas técnicas não permitidas no MaterChef, como fazer graça, brincar de aviãozinho e colocar a Galinha Pintadinha.
Aí veio uma dúvida, será que essas papinhas MasterChef teriam ajudado a Letícia a comer melhor no passado? Ou será que cada filho é de um jeito, independente das técnicas utilizadas? Seria ela uma jurada mais exigente?

Obs: sugestão para o pessoal da Band, criar o MasterChef Baby, os jurados seriam bebês e ganharia o cozinheiro que fizesse os pequenos comerem mais. 







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