quarta-feira, 27 de abril de 2016

Pronto socorro

Acabou a licença maternidade e veio a dúvida, colocar na creche ou deixar com babá. Há pontos positivos e negativos em ambas as opções, mas uma coisa é unamidade e todos os amigos com os quais conversei diziam a mesma coisa: "vai para a creche, prepare-se, o bebê vai ficar muito doente"
Já tivemos essa experiência com nossa filha, a coitadinha sofreu com diversas viroses e otites, eram visitas ao pronto socorro ou pediatra quase toda semana, no seu aniversário de um ano estava tão magrinha e abatida que até cancelamos a festa.
Esperava que nesses dezessete anos alguma coisa tivesse mudado, é inacreditável que ninguém ainda tenha inventado um medicamento ou procedimento que diminua o contágio de doenças, principalmente viroses, em creches. 
Mesmo assim, decidimos levar o Davi para a creche, e claro, ficou doente. Deu sorte na primeira semana e não pegou um rota vírus que atingiu 80% dos colegas do berçário, porém não escapou da segunda semana, no sábado amanheceu com tosse, nariz escorrendo e febre. O domingo foi no pronto-socorro, que também não mudou quase nada em 17 anos, aquela fila de pais com cara de desesperados e crianças tristinhas. A cada momento chegam mais crianças com diferentes sintomas e sempre fica o temor do nosso filho sair mais doente do que entrou.
Por incrível que pareça, para o Davi parecia um passeio, estava se divertindo, rindo para todos que passavam, nem parecia que estava doente. Jogava seu charme para os funcionários do hospital, muitos não resistiam e vinham brincar com ele. Até na hora da nebulização, ficava rindo para o enfermeiro que fazia a aplicação. Só chorou mesmo no exame da médica e na hora de tirar radiografia. No fim, diagnosticado com bronqueolite e otite. Alguns dias de nebulização, antibióticos e repouso em casa, nada de voltar para a creche.
Hoje nossa filha é muito saudável, não me lembro da última vez que a levamos ao hospital, começar de novo com essas idas frequentes ao pronto socorro não será fácil, mas sabemos que não há como escapar. Só espero que o Davi mantenha o bom humor, ver que ele não está sofrendo muito diminui de alguma forma o nosso sofrimento.


sexta-feira, 1 de abril de 2016

Férias

Acredito que todos que trabalham esperam ansiosamente por suas férias, principalmente aqueles que têm filhos. Nos últimos anos, com uma filha já crescida, pudemos curtir bastante nossas férias em família, sem muita preocupação, sem muito trabalho, dava para passear e descansar. Como ela adora viajar, fizemos várias viagens legais e conhecemos lugares bem interessantes.
Dessa vez as férias foram diferentes, fiquei em casa cuidando do Davi e acompanhando sua adaptação na creche. Os passeios foram outros, na pracinha, nos parquinhos, no supermercado, no hortifruti e, para dizer que não viajamos, ficamos 3 dias em um hotel fazenda. 
Também não deu muito para descansar, pelo contrário, foram dias bem cansativos, como criança pequena dá trabalho! Era o dia todo, das 6 da manhã às 9 da noite, praticamente dedicado ao garoto - acordar, trocar, dar remédios, brincar no tapetinho, suco da manhã, passear na pracinha, papinha no almoço, soninho da tarde, fruta no meio da tarde, mais brincadeiras, várias trocas de fraldas, papinha na janta, mais remédios, banho e, por fim, colocar na cama para dormir. Para cada refeição, além da compra dos produtos e da preparação em si, era quase uma hora tentando enfiar as colheradas na boca e mais algum tempo limpando a sujeira no final. Para dormir era outra luta, mas essa ficava com minha esposa, só ela conseguia fazê-lo dormir.
Este ano tirei dois períodos de férias, e os dois foram para ficar com o Davi, o primeiro quando ele nasceu e o segundo agora, aos seis meses. Esses dois períodos redefiniram o significado de férias para mim.
Antes férias eram para viajar e descansar, agora são para ficar em casa e trabalhar, mas de modo algum posso reclamar, pelo contrário, as férias foram fantásticas, dias de diversão verdadeira, de muitos sorrisos, abraços e carinhos, de descobertas diárias e de experiências indescritíveis! 
Voltei a trabalhar segunda passada e nunca uma semana demorou tanto para passar, não via a hora de chegar o fim de semana, para que eu pudesse ficar o dia todo com o Davi. Sábado e domingo chegaram e passaram voando, amanhã já é segunda de novo e fica a sensação de que fiquei pouco com meus filhos. Acho que quem tem filho pequeno deveria ter mais férias, não para descansar, mas para cansar mais. Cansar de correr atrás dos pequenos pela casa, de se sujar todo de papinha, de dar banhos, de ganhar abraços, sorrisos e beijos!!!